PANORAMA POLITICO por Gleidson Carlos
Mesmo no PSD, a vida política de Blum
está comprometida com o DEM; não há plano B!
O prefeito Osmar Blum definiu sua situação política, aproveitando-se da ‘janela partidária’ para trocar o DEM pelo PSD. Para a imagem desgastada e combalida do prefeito, entendo eu, resolve (no ditado popular) ‘patavinas’. A troca de partido atende primeiramente aos anseios dos caciques estaduais do DEM e o PSC, PSDB, partidos aliados ao governador Beto Richa (PSDB), em Curitiba. A base governista busca fortalecer os diretórios municipais para viabilizar a candidatura do deputado Ratinho Jr que pretende disputar a sucessão do governo do estado em 2018.
No entanto, o acerto de lá bagunçou os cenários municipais e instalou uma instabilidade política que, por exemplo, fez o prefeito Blum suar a camisa para tentar reequilibrar as coisas dentro do governo municipal. As coisas por aqui não estão fáceis, diante do cenário desfavorável – que atinge boa parte dos prefeitos –, algo precisava ser feito para viabilizar apoio político e financeiro para a sua reeleição.
Escolheu, portanto, que o prefeito deixaria o partido e mudaria para o PSC, do deputado Ratinho Junior que, à frente da secretaria estadual de Desenvolvimento Urbano (SEDU), ligaria a máquina pública para beneficiar Blum na liberação de recursos e executar as obras de pavimentação asfáltica que provavelmente será o carro chefe da campanha eleitoral deste ano.
A conta foi cobrada, e quando chegou a hora do prefeito retribuir as gentilizas para Ratinho, migrando para o PSC, enfrentou resistências e uma instabilidade política em nível municipal, porque o chefe de gabinete e presidente do diretório municipal, Márcio Taques, disse que só liberaria Blum do partido (DEM) com garantias de que o diretório do PSC estivesse em suas mãos.
Ao mesmo tempo, o vereador Ilson Caninana, presidente local do partido de Ratinho Jr, juntamente com o ex-vereador Luiz Carlos da Silva Gomes, o Pestana, relutavam à decisão, sustentando que o diretório jamais passaria para as mãos de Taques, e que se o prefeito mudasse de partido, naturalmente, o comando do governo também mudaria de mãos. Foi aí que a queda de braço começou, pois se o PSC abrigasse o prefeito haveria alteração no alto escalão ameaçando, inclusive, a permanência do presidente local do DEM na chefia de gabinete.
Ao medir força, o PSC não contava que Ratinho Jr deixasse o partido e migrasse para o PSD, que veio em boa hora para Blum e Taques, que se viram salvos de ter que dividir os cargos com Caninana e Pestana. Após a decisão, o PSC manteve a pré-candidatura de Pestana à Prefeitura, mas nessa semana, ao que parece, o PSC acertou as pontas e não se opõe mais ao fato de não ter o comando do governo e muito menos qualquer benefício maior nessa eventual composição entre o DEM e o PSD, até porque as cartas estão marcadas e quem quiser terá que sentar no banco de trás.
Fica cada dia mais evidente a jogada do governo. O PSD, apesar de totalmente inexpressivo em nível local, inclusive com poucas chances de eleger qualquer candidato a vereador, foi a válvula de escape para agradar o DEM e mantê-lo aliado, porque o DEM pesa muito mais na balança que o PSC, e, posso garantir que não é por causa de confiança, mas sim porque dentro da política cão que ladra pode morder sim, principalmente com fome e sede de poder.
Motivos para Blum desconfiar da fidelidade do Democratas, e, vice e versa, pois a relação dos dois foi abalada em 2014, quando Márcio Taques deixou o governo por desentendimento com o prefeito. Diante disso, integrantes do partido ventilavam aos quatro ventos que o DEM poderia não apoiar Blum nas convenções municipais, podendo lançar outro nome que não fosse do prefeito para a reeleição.
De lá pra cá, com o retorno ao governo, Taques voltou a ser quem dá as cartas, algumas a revelia do próprio prefeito, outras com o seu consentimento. A vida política de Blum está comprometida, ou seja, ele está nas mãos do DEM, seja pela incapacidade política de montar outro grupo ou pelos ‘acertos’ que poderão dificultar a sua reeleição. O DEM não se contenta com pouco e, por outro lado, a cada dia tem menos a oferecer, pela sua decadente representatividade estadual e federal, se tornando um partido micro. Obstrui qualquer possibilidade de plano B, porque o fio que segura essa relação é estreito, não abre precedentes para indicar outro nome para disputar como vice que não seja do DEM, da vontade de Márcio Taques, ou, que não tenha a sua admissão, senão o próprio.
está comprometida com o DEM; não há plano B!
O prefeito Osmar Blum definiu sua situação política, aproveitando-se da ‘janela partidária’ para trocar o DEM pelo PSD. Para a imagem desgastada e combalida do prefeito, entendo eu, resolve (no ditado popular) ‘patavinas’. A troca de partido atende primeiramente aos anseios dos caciques estaduais do DEM e o PSC, PSDB, partidos aliados ao governador Beto Richa (PSDB), em Curitiba. A base governista busca fortalecer os diretórios municipais para viabilizar a candidatura do deputado Ratinho Jr que pretende disputar a sucessão do governo do estado em 2018.
No entanto, o acerto de lá bagunçou os cenários municipais e instalou uma instabilidade política que, por exemplo, fez o prefeito Blum suar a camisa para tentar reequilibrar as coisas dentro do governo municipal. As coisas por aqui não estão fáceis, diante do cenário desfavorável – que atinge boa parte dos prefeitos –, algo precisava ser feito para viabilizar apoio político e financeiro para a sua reeleição.
Escolheu, portanto, que o prefeito deixaria o partido e mudaria para o PSC, do deputado Ratinho Junior que, à frente da secretaria estadual de Desenvolvimento Urbano (SEDU), ligaria a máquina pública para beneficiar Blum na liberação de recursos e executar as obras de pavimentação asfáltica que provavelmente será o carro chefe da campanha eleitoral deste ano.
A conta foi cobrada, e quando chegou a hora do prefeito retribuir as gentilizas para Ratinho, migrando para o PSC, enfrentou resistências e uma instabilidade política em nível municipal, porque o chefe de gabinete e presidente do diretório municipal, Márcio Taques, disse que só liberaria Blum do partido (DEM) com garantias de que o diretório do PSC estivesse em suas mãos.
Ao mesmo tempo, o vereador Ilson Caninana, presidente local do partido de Ratinho Jr, juntamente com o ex-vereador Luiz Carlos da Silva Gomes, o Pestana, relutavam à decisão, sustentando que o diretório jamais passaria para as mãos de Taques, e que se o prefeito mudasse de partido, naturalmente, o comando do governo também mudaria de mãos. Foi aí que a queda de braço começou, pois se o PSC abrigasse o prefeito haveria alteração no alto escalão ameaçando, inclusive, a permanência do presidente local do DEM na chefia de gabinete.
Ao medir força, o PSC não contava que Ratinho Jr deixasse o partido e migrasse para o PSD, que veio em boa hora para Blum e Taques, que se viram salvos de ter que dividir os cargos com Caninana e Pestana. Após a decisão, o PSC manteve a pré-candidatura de Pestana à Prefeitura, mas nessa semana, ao que parece, o PSC acertou as pontas e não se opõe mais ao fato de não ter o comando do governo e muito menos qualquer benefício maior nessa eventual composição entre o DEM e o PSD, até porque as cartas estão marcadas e quem quiser terá que sentar no banco de trás.
Fica cada dia mais evidente a jogada do governo. O PSD, apesar de totalmente inexpressivo em nível local, inclusive com poucas chances de eleger qualquer candidato a vereador, foi a válvula de escape para agradar o DEM e mantê-lo aliado, porque o DEM pesa muito mais na balança que o PSC, e, posso garantir que não é por causa de confiança, mas sim porque dentro da política cão que ladra pode morder sim, principalmente com fome e sede de poder.
Motivos para Blum desconfiar da fidelidade do Democratas, e, vice e versa, pois a relação dos dois foi abalada em 2014, quando Márcio Taques deixou o governo por desentendimento com o prefeito. Diante disso, integrantes do partido ventilavam aos quatro ventos que o DEM poderia não apoiar Blum nas convenções municipais, podendo lançar outro nome que não fosse do prefeito para a reeleição.
De lá pra cá, com o retorno ao governo, Taques voltou a ser quem dá as cartas, algumas a revelia do próprio prefeito, outras com o seu consentimento. A vida política de Blum está comprometida, ou seja, ele está nas mãos do DEM, seja pela incapacidade política de montar outro grupo ou pelos ‘acertos’ que poderão dificultar a sua reeleição. O DEM não se contenta com pouco e, por outro lado, a cada dia tem menos a oferecer, pela sua decadente representatividade estadual e federal, se tornando um partido micro. Obstrui qualquer possibilidade de plano B, porque o fio que segura essa relação é estreito, não abre precedentes para indicar outro nome para disputar como vice que não seja do DEM, da vontade de Márcio Taques, ou, que não tenha a sua admissão, senão o próprio.

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