MULHERES
Mulheres no centenário da imigração holandesa
CARAMBEÍ –Fazendo parte das comemorações do centenário da imigração holandesa em Carambeí, a prefeitura de Carambeí, através da Secretaria Municipal de Educação, Departamento de Cultura e Biblioteca Cidadã Keimpe van der Meer realiza no próximo dia 31 de março, quinta-feira, às 19 horas, uma homenagem especial para mulheres imigrantes da Holanda que se destacaram na cidade. O tema da homenagem deste ano é o voluntariado. Todo ano são feitas homenagens para mulheres de destaque em alguma área de atuação, em alusão ao mês de março, no Dia Internacional da Mulher. Foram muitas as indicadas,chegando-se a três nomes MARIE HARMS DIJKSTRA, FENNY MEIJER FOKKENS e CATHARINA DE GEUS. A solenidade de premiação das mulheres destaque vai contar um pouco da história do voluntariado, no centenário da imigração holandesa.
Marie Harms Djikstra atua como professora de religião, Fenny Meijer Fokkens dá aulas de bordados e trabalhos manuais e Catharina de Geus trabalha com assistência social voluntária do PROSAR, em Carambeí até hoje.
Um pouco das homenageadas:
MARIE HARMS DIJKSTRA, uma mulher pioneira à frente do seu tempo, que muito contribuiu com a comunidade de Carambeí e merece destaque nas comemorações do Dia Internacional da Mulher no ano do centenário. MARIE HARMS DIJKSTRA , nasceu em 1922, filha de Antônia de Geus e Henrique Harms, que vieram da Holanda. Hoje com 89 anos recebeu desde pequena o apelido carinhoso de “Mila”. Amante da boa leitura, da jardinagem, fato marcante em sua vida é o cultivo de amizades e sua ousadia profissional, até hoje freqüenta um grupo de estudos bíblicos entre as mulheres da IER-. Igreja Evangélica Reformada. Nascida em Carambeí foi uma das primeiras mulheres que saiu de Carambeí para concluir estudos. Na década de 40, foi para São Paulo, de caminhão, no meio das sacas de mantimentos, estudar no seminário JMC, hoje Faculdade Mackenzie da Igreja Evangélica, acompanhada pelo então Pastor Mueller, foi estudar num seminário de Missionários Americanos, para se tornar professora. Estudou também coral, inglês e se especializou. O gosto pelo ensinar estava no sangue da família, pois Mila é irmã da professora Geralda Harms, homenageada com o nome da escola da vila AFCB. Depois de formada, foi enviada para o sertão Goiás, na cidade de Planaltina. Atendendo ao chamado foi lecionar numa escola missionária, passando por grandes dificuldades, na época em que não havia nem estrada, nem a capital Brasília. Enfrentou longe de casa todas as dificuldades da profissão de professora. Voltando a Carambeí na comunidade de Pilatos lecionou por vários anos, o salário era pouco, para receber perdia um dia inteiro indo à Castro de carroça, isso quando recebia. Foi professora de religião em Catanduva e falou da palavra de Deus de forma voluntária sempre. Com perto dos 30 anos foi convidada para trabalhar na Cooperativa Agropecuária Batavo, graças a sua boa formação. Neste período conheceu o marido Auke Djikstra que veio também da Holanda, casaram-se e tiveram seu filho Bauke Djistra, hoje casado com a professora Mike, da Escola de Idiomas Idiom House com quem tem 4 filhos: José Carlos, Aukinho, Mariane e Carolina, os netos adorados de Milla. Aposentada na Batavo era funcionária exemplar, hoje continua atuante, principalmente no seu grupo de estudos bíblicos na IER, continua lendo muito e falando da palavra de Deus em sues estudos bíblicos.
FENNY MEIJER FOKKENS – Vinda da Província de Groningen – da Holanda, Fenny veio com a família para o Brasil em 1949. Sempre morou na Avenida dos Pioneiros, uma casa típica holandesa construída com muito esforço, pelo próprio marido Henk Fokkens. Seu primeiro ofício era o de alfaiate, mas tinha muitas habilidades como artesão e marceneiro. Fenny sentiu na pele todas as dificuldades dos primeiros imigrantes, ruas empoeiradas, precariedade na saúde, educação e altas jornadas de trabalho. A primeira coisa que estranhou foi a poeira, Carambeí nesta época perto de 1955 tinha apenas 5 carros. Presenteada por Deus com habilidades manuais, usou seu dom para ajudar ao próximo. Participou de vários trabalhos como voluntária ensinando as mulheres da cidade a arte de bordar, costurar. Sempre ligada à IER – Igreja Evangélica Reformada fazia peças para o leilão organizado pela Igreja, todo o dinheiro era revertido para as obras sociais da Igreja, para ajuda ao próximo. Fez vários jogos de lençol, fraudas para os hospitais de Ponta Grossa – Bom Jesus, Evangélico e até para o hospital Erasto Gaertner em Curitiba. Atuou como Presbítera- fazendo aconselhamento de casais. Aposentou-se como professora na Escola Evangélica, iniciando muitas moças na arte dos bordados, costura e artesanato manual. Fenny tem dois filhos, Albert e Talina. Albert Fokkens, casado com Dária e pai de Hendrick, Audrey e Igor. Sua filha Talina, mora hoje na Holanda, com os outros netos. Em maio casa-se sua neta .....e Fenny embarca para a Holanda com a família. Muito querida na comunidade, Fenny continua participando das atividades da IER, agora no seu grupo de mulheres DORCAS, nos estudos bíblicos. Fenny lembra que muito lhe impressiona na vida o avanço das tecnologias. Antes uma carta demorava mais de 30 dias para chegar por navio. Hoje, é possível a informação em tempo real pela Internet. Diariamente, Fenny fala com a filha na Holanda, via web-cam e Internet. É possível hoje, em tempo real comentar o cardápio do almoço. Muito cuidadosa com a família, sua casa é cercada de lembranças, fotos e objetos da Holanda, a casa toda é uma obra de arte com estilo holandês. A entrada da casa tem um típico moinho. .
CATHARINA DE GEUS – Nasceu em 1943, filha de Steffen Elgersma e Ynktje Elgersma. Desde menina carrega no coração o amor ao voluntariado. Casada com João de Geus, já falecido, tem 5. filhos: René, Alida, Emília e Alex. As bênçãos dos netos já chegam a 11. Na entidade PROSAR – Projeto Saúde Rural da Igreja Evangélica Reformada de Carambeí é uma das pioneiras atuando com visitas domiciliares para as comunidades mais carentes. Atuou no Catanduva, Boqueirão, Lageado, desde o tempo em que as dificuldades eram inúmeras. Antes da emancipação de Carambeí, ela conta que a cidade não tinha muitas entidades e os trabalhos eram feitos por pessoas da comunidade, sempre voluntárias nos serviços mais essenciais. Catharina já desempenhou vários papéis como os de assistente social, psicóloga, agente de saúde, agente funerário algumas vezes. Com certeza, eram mulheres de coragem que saiam á pé, nas estradas sem iluminação, sem nenhum recurso, falar de boas práticas de higiene, vacinas, planejamento familiar e outros temas. Ela conta que o povo de Carambeí era muito carente, principalmente de informação sobre saúde. Não haviam médicos, ambulâncias, serviço de atendimentos básico de saúde. O PROSAR com a vinda dos holandeses para o Brasil e a criação das três colônias com os trabalhos de cooperativas ABC – Arapoti, Batavo e Castrolanda (Castro), começaram os primeiros passos para assistência social do município. Catharina conta que não trabalhava sozinha tinha uma equipe de voluntárias, muitas que já faleceram, mas o trabalho do PROSAR continua, ainda através da IER – Igreja Evangélica Reformada, e o voluntariado com a palavra de Deus sempre foram meta tanto da Igreja quanto da entidade. Como incentivo para as mulheres que querem ingressar no voluntariado hoje, Catharina destaca que “sempre há um lugar para quem quer ajudar o próximo...”.
Catharina continua na atividade e agora tem grandes expectativas da festa para lembrar o que já foi feito na cidade e o que ainda pode ser feito para melhorar a vida do próximo.
CARAMBEÍ –Fazendo parte das comemorações do centenário da imigração holandesa em Carambeí, a prefeitura de Carambeí, através da Secretaria Municipal de Educação, Departamento de Cultura e Biblioteca Cidadã Keimpe van der Meer realiza no próximo dia 31 de março, quinta-feira, às 19 horas, uma homenagem especial para mulheres imigrantes da Holanda que se destacaram na cidade. O tema da homenagem deste ano é o voluntariado. Todo ano são feitas homenagens para mulheres de destaque em alguma área de atuação, em alusão ao mês de março, no Dia Internacional da Mulher. Foram muitas as indicadas,chegando-se a três nomes MARIE HARMS DIJKSTRA, FENNY MEIJER FOKKENS e CATHARINA DE GEUS. A solenidade de premiação das mulheres destaque vai contar um pouco da história do voluntariado, no centenário da imigração holandesa.
Marie Harms Djikstra atua como professora de religião, Fenny Meijer Fokkens dá aulas de bordados e trabalhos manuais e Catharina de Geus trabalha com assistência social voluntária do PROSAR, em Carambeí até hoje.
Um pouco das homenageadas:
MARIE HARMS DIJKSTRA, uma mulher pioneira à frente do seu tempo, que muito contribuiu com a comunidade de Carambeí e merece destaque nas comemorações do Dia Internacional da Mulher no ano do centenário. MARIE HARMS DIJKSTRA , nasceu em 1922, filha de Antônia de Geus e Henrique Harms, que vieram da Holanda. Hoje com 89 anos recebeu desde pequena o apelido carinhoso de “Mila”. Amante da boa leitura, da jardinagem, fato marcante em sua vida é o cultivo de amizades e sua ousadia profissional, até hoje freqüenta um grupo de estudos bíblicos entre as mulheres da IER-. Igreja Evangélica Reformada. Nascida em Carambeí foi uma das primeiras mulheres que saiu de Carambeí para concluir estudos. Na década de 40, foi para São Paulo, de caminhão, no meio das sacas de mantimentos, estudar no seminário JMC, hoje Faculdade Mackenzie da Igreja Evangélica, acompanhada pelo então Pastor Mueller, foi estudar num seminário de Missionários Americanos, para se tornar professora. Estudou também coral, inglês e se especializou. O gosto pelo ensinar estava no sangue da família, pois Mila é irmã da professora Geralda Harms, homenageada com o nome da escola da vila AFCB. Depois de formada, foi enviada para o sertão Goiás, na cidade de Planaltina. Atendendo ao chamado foi lecionar numa escola missionária, passando por grandes dificuldades, na época em que não havia nem estrada, nem a capital Brasília. Enfrentou longe de casa todas as dificuldades da profissão de professora. Voltando a Carambeí na comunidade de Pilatos lecionou por vários anos, o salário era pouco, para receber perdia um dia inteiro indo à Castro de carroça, isso quando recebia. Foi professora de religião em Catanduva e falou da palavra de Deus de forma voluntária sempre. Com perto dos 30 anos foi convidada para trabalhar na Cooperativa Agropecuária Batavo, graças a sua boa formação. Neste período conheceu o marido Auke Djikstra que veio também da Holanda, casaram-se e tiveram seu filho Bauke Djistra, hoje casado com a professora Mike, da Escola de Idiomas Idiom House com quem tem 4 filhos: José Carlos, Aukinho, Mariane e Carolina, os netos adorados de Milla. Aposentada na Batavo era funcionária exemplar, hoje continua atuante, principalmente no seu grupo de estudos bíblicos na IER, continua lendo muito e falando da palavra de Deus em sues estudos bíblicos.
FENNY MEIJER FOKKENS – Vinda da Província de Groningen – da Holanda, Fenny veio com a família para o Brasil em 1949. Sempre morou na Avenida dos Pioneiros, uma casa típica holandesa construída com muito esforço, pelo próprio marido Henk Fokkens. Seu primeiro ofício era o de alfaiate, mas tinha muitas habilidades como artesão e marceneiro. Fenny sentiu na pele todas as dificuldades dos primeiros imigrantes, ruas empoeiradas, precariedade na saúde, educação e altas jornadas de trabalho. A primeira coisa que estranhou foi a poeira, Carambeí nesta época perto de 1955 tinha apenas 5 carros. Presenteada por Deus com habilidades manuais, usou seu dom para ajudar ao próximo. Participou de vários trabalhos como voluntária ensinando as mulheres da cidade a arte de bordar, costurar. Sempre ligada à IER – Igreja Evangélica Reformada fazia peças para o leilão organizado pela Igreja, todo o dinheiro era revertido para as obras sociais da Igreja, para ajuda ao próximo. Fez vários jogos de lençol, fraudas para os hospitais de Ponta Grossa – Bom Jesus, Evangélico e até para o hospital Erasto Gaertner em Curitiba. Atuou como Presbítera- fazendo aconselhamento de casais. Aposentou-se como professora na Escola Evangélica, iniciando muitas moças na arte dos bordados, costura e artesanato manual. Fenny tem dois filhos, Albert e Talina. Albert Fokkens, casado com Dária e pai de Hendrick, Audrey e Igor. Sua filha Talina, mora hoje na Holanda, com os outros netos. Em maio casa-se sua neta .....e Fenny embarca para a Holanda com a família. Muito querida na comunidade, Fenny continua participando das atividades da IER, agora no seu grupo de mulheres DORCAS, nos estudos bíblicos. Fenny lembra que muito lhe impressiona na vida o avanço das tecnologias. Antes uma carta demorava mais de 30 dias para chegar por navio. Hoje, é possível a informação em tempo real pela Internet. Diariamente, Fenny fala com a filha na Holanda, via web-cam e Internet. É possível hoje, em tempo real comentar o cardápio do almoço. Muito cuidadosa com a família, sua casa é cercada de lembranças, fotos e objetos da Holanda, a casa toda é uma obra de arte com estilo holandês. A entrada da casa tem um típico moinho. .
CATHARINA DE GEUS – Nasceu em 1943, filha de Steffen Elgersma e Ynktje Elgersma. Desde menina carrega no coração o amor ao voluntariado. Casada com João de Geus, já falecido, tem 5. filhos: René, Alida, Emília e Alex. As bênçãos dos netos já chegam a 11. Na entidade PROSAR – Projeto Saúde Rural da Igreja Evangélica Reformada de Carambeí é uma das pioneiras atuando com visitas domiciliares para as comunidades mais carentes. Atuou no Catanduva, Boqueirão, Lageado, desde o tempo em que as dificuldades eram inúmeras. Antes da emancipação de Carambeí, ela conta que a cidade não tinha muitas entidades e os trabalhos eram feitos por pessoas da comunidade, sempre voluntárias nos serviços mais essenciais. Catharina já desempenhou vários papéis como os de assistente social, psicóloga, agente de saúde, agente funerário algumas vezes. Com certeza, eram mulheres de coragem que saiam á pé, nas estradas sem iluminação, sem nenhum recurso, falar de boas práticas de higiene, vacinas, planejamento familiar e outros temas. Ela conta que o povo de Carambeí era muito carente, principalmente de informação sobre saúde. Não haviam médicos, ambulâncias, serviço de atendimentos básico de saúde. O PROSAR com a vinda dos holandeses para o Brasil e a criação das três colônias com os trabalhos de cooperativas ABC – Arapoti, Batavo e Castrolanda (Castro), começaram os primeiros passos para assistência social do município. Catharina conta que não trabalhava sozinha tinha uma equipe de voluntárias, muitas que já faleceram, mas o trabalho do PROSAR continua, ainda através da IER – Igreja Evangélica Reformada, e o voluntariado com a palavra de Deus sempre foram meta tanto da Igreja quanto da entidade. Como incentivo para as mulheres que querem ingressar no voluntariado hoje, Catharina destaca que “sempre há um lugar para quem quer ajudar o próximo...”.
Catharina continua na atividade e agora tem grandes expectativas da festa para lembrar o que já foi feito na cidade e o que ainda pode ser feito para melhorar a vida do próximo.
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